A Energia Solar é cara?

26 maio 2022

É comum escutarmos por aí que a energia solar é só para ricos, ou para classes superiores. Esse é um tipo de comentário que gera um pré-conceito, ou ideia negativa, pois se colocado dessa forma, ficaremos presos a ideia de não ter. Também não podemos julgar os comentários, pois os investimentos e as oportunidades dentro desse meio, por muito foram acessíveis para um público. Felizmente, a história mudou e com o crescimento do setor muitos passaram a ter energia solar fotovoltaica em casa, nos pequenos comércios, nas fazendas.

Atualmente, a energia solar fotovoltaica é vista como esperança para mundo, pelo fato ser benéfica ao meio ambiente, benéfica para o setor econômico, benéfica para o setor trabalhista, benéfica para os sistemas de estudo, dentre outros. Além de todos os benefícios, atualmente se tornou acessível para todos. Com as cartas de crédito e financiamentos, vários consumidores obtiveram energia solar, para diversos fins.

Além da acessibilidade, a energia solar passou a ser oportunidade. A geração de empregos diretos e indiretos nesse setor ajudou a levantar a economia e entrou em combate do desemprego, um problema que afeta milhões de pessoas pelo mundo. Hoje, empresas de energia solar contratam, oferecem cursos de energia solar fotovoltaica e projetam milhares de profissionais.

Energia solar como oportunidade para todos

A I.S Brasil em parceria com Sicoob Credicarmo, criou um financiamento mais acessível para toda população. Neste, o cliente pagará apenas a taxa obrigatória estipulada pela concessionária, pois o sistema fotovoltaico irá zerar a conta de luz. O dinheiro destinado para pagar a conta de energia, será utilizado para pagar o financiamento da energia solar. Se o consumidor pagava R$ 300,00 de conta luz, passará a pagar R$ 250,00, pelo financiamento e o restante ficará para a taxa obrigatória da concessionária.

A taxa obrigatória, depende da rede da localidade. Se for monofásico, o cliente pagará 30 kWp; se bifásico, o cliente pagará 50 kWp; já se for trifásico, o cliente pagará 100 kWp. Por exemplo, se o custo da tarifa de uma cidade for R$ 0,80/kWh e a residência siga o modelo bifásico, a taxa mínima é calculada da seguinte maneira: 50 kWh x R$ 0,80 = R$ 40,00.

“A parceria entre I.S Brasil e Sicoob, tem o objetivo de zerar os gastos de energia da população. Ao invés de pagar para a concessionária, o cliente pagará pela energia solar”, disse Edson Marinho, diretor de negócios do Sicoob. “Este projeto facilitará todo processo burocrático enfrentado pelos clientes, pois ele trocará uma conta de luz, por um produto pra ele, para gerar uma energia limpa”, confirma Edson.

Este projeto entre I.S Brasil e Sicoob Credicarmo, pode ser uma alternativa para os consumidores, pensando que, ao invés de pagar a conta de energia, pagará por um sistema que seguirá com ele por 20, 25 anos, levando economia e produzindo uma energia limpa e sustentável.

A Energia Solar nas Favelas

A proposta de ofertar energia solar e cursos virou uma ideia de algumas ONG’s e Associações, que hoje levam conhecimento para comunidades. É o caso da Revolusolar, uma associação sem fins lucrativos, com proposito de promover um desenvolvimento sustentável das favelas no Rio de Janeiro com a energia solar. Criada em 2015, na favela da Babilônia, o projeto nasceu da dor dos moradores em relação à má qualidade dos serviços de energia, somados ao alto preço e à marginalização da favela.

Segundo a Associação, uma cidade desigual, como a do Rio de Janeiro, onde 1/4 da população mora em favelas, com infraestrutura inadequada e um serviço de energia inacessível. No início do projeto, a ONG fez uma pesquisa de campo para compreender a situação da comunidade em relação à energia. Do estudo, veio a concepção da favela como um lugar que possui apenas conexões clandestinas, ou beneficiários da tarifa social equivocada.

“Temos uma metodologia própria de trabalho de desenvolvimento sustentável chamada de ciclo solar, três eixos de atuação geração distribuída e eficiência energética nas favelas, formação profissional dos moradores, como eletricistas e instaladores, e tem uma frente de educação ambiental infanto juvenil. Essas três frentes se retroalimentam bastante sinergia e promovem o envolvimento da população local em todas as fases de trabalho”, disse Eduardo Avila, diretor executivo da Revolusolar.

Segundo Eduardo, o grupo pretende criar um modelo que seja replicável em outras comunidades do Brasil, que passam por problemas similares relacionados com o acesso à energia elétrica e tem potencialidade similares no sentido de gerar a própria energia. “Nessa busca por um modelo replicável, estamos testando um novo modelo, através da geração compartilhada de energia, projeto piloto que é a primeira cooperativa de energia solar em favelas do brasil que vai atender 35 famílias da babilônia e chapéu mangueiros”, disse o diretor. “Um novo modelo para mostrar que energia solar na favela e possível e é também um modelo que harmoniza bastante com as tradições da favela, no sentido de cooperação, colaboração. Esperamos no ano que vem replicar esse modelo em outras comunidades do Brasil”, completou.

De acordo com Eduardo, essa é a primeira cooperativa de geração distribuída no estado do Rio de Janeiro. “É a favela mostrando que não é só sinônimo de problema, é também sinônimo de soluções ambientais, sociais, inovações. Uma referência em inovação sustentabilidade, empreendedorismo e tecnologia. Pode agora deixar de ser relacionada a gato de luz e virar polo de geração de energia limpa para as cidades”.

Energia Solar para as Tribos Indígenas

Uma comunidade que sempre sofreu com a falta de energia, foi a comunidade indígena. Há tempos, os indígenas encaram este problema. Recentemente, algumas comunidades têm protestado nas rodovias do Brasil, pela falta de energia. No fim do ano passado, ribeirinhos chegaram a fechar estradas exigindo luz elétricas nas comunidades.  

 Apesar desse triste cenário, existem organizações que estão em combate da falta de energia para as comunidades indígenas. As renováveis podem ser a melhor aposta para o povo indígena, principalmente porque combina com a sustentabilidade, que é defendida pelos indígenas. A energia solar pode ser uma boa alternativa, pois consegue produzir energia elétrica sem uma rede de distribuição, com os sistemas off-grid, que funcionam apenas com o uso dos módulos e de baterias.

Empresas e organizações têm se unido para levar energia solar para os povos indígenas. Tudo isso pensando em ajudar essas comunidades ofertando sustentabilidade, principalmente neste momento que a Amazônia enfrenta, de luta continua contra o desmatamento, poluição, dentre outros fatores.

A ENGEWET, é uma empresa de energia solar fotovoltaica que se preocupa com as comunidades indígenas. A empresa doou uma usina solar fotovoltaica para a comunidade indígena do Tupé, no Amazonas. O projeto piloto é um trabalho de inclusão social da empresa ENGEWET , na Amazônia. Na primeira semana de junho, o vice Presidente Wedson Silva do movimento Solar Livre e CEO da empresa ENGEWET Energia Solar visitou a Comunidade do Tupé que abriga ribeirinhos e indígenas da etnia Dessana.

Segundo Wedson Silva, o Amazonas é um estado riquíssimo em recursos naturais e a energia solar pode trazer a inclusão social e levar energia a um povo carente e que sofre com esse e outros problemas. O compromisso de oferecer uma energia LIMPA e mais barata foi firmado nessa visita, durante conversa com Dyakuru, indio Dessana e chefe da aldeia quem apresentou o local e as necessidades. De acordo com a empresa, os primeiros passos para conclusão do projeto já foram dados e tão logo será divulgado o prazo de conclusão e entrega.

“Levar Energia Solar Fotovoltaica ao coração do Amazonas é uma missão. Ser o responsável por fazer essa conexão do “impossível” é uma felicidade muita grande, assim como levar inclusão à pessoas que não tem uma estrutura mínima para sobrevivência (água, alimento e energia)”, disse Wedson Silva. “Essa ação na aldeia indígena, demonstra a acessibilidade da tecnologia em chegar ao homem do campo, às Tribos indígenas e a população urbana, que podem contar com uma alternativa de autoprodução de Energia oriundas de fontes renováveis para evolução do planeta”, completou.

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