Aos poucos, os impactos da pior crise hídrica em 91 anos começam a aparecer. Apesar de esperado, o aumento nas tarifas de energia foi recentemente documentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O documento feitopara estimar o impacto tarifário das ações do governo federal durante a crise hídrica e para garantir o fornecimento, prevê um aumento de 21,04%, para o próximo ano.
O documento divulgado na última sexta-feira,5, aponta que o reajuste acumulado neste ano só para o consumidor residencial chega a 7,04%, ou seja, o aumento projetado para o ano que vem praticamente triplica a alta de 2021. Em uma passagem do texto, a ANEEL afirma que as estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022.
A ANEEL firmou tal documento, após analisar as projeções de geração de energia e os custos previstos, incluindo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) -, a área técnica da agência reguladora concluiu que, até abril de 2022, as “melhores estimativas” apontam para um rombo de RS 13 bilhões.
Segundo a Agência, o reajustado é resultado do aumento de importação de energia, por meio de contratos firmados com Argentina e Uruguai. Os reajustes de tarifas são feitos anualmente, após analisar os custos de cada distribuidora de energia do País, o porcentual de aumento varia de Estado para Estado.
Em nota, A ANEEL informou que esclarece que o aumento na conta de luz em 2022 corresponde as estimativas preliminares baseadas em cenários hipotéticos, que ainda não consideram as medidas de atenuação tarifárias que serão implementadas em 2022.Ainda de acordo com a Agência, no exercício de sua competência legal de regular o setor elétrico brasileiro, em observância às políticas públicas emanadas do Ministério de Minas e Energia – MME, tem envidado esforços para atenuar os impactos da escassez hídrica nos processos tarifários de 2022, a exemplo de todos os esforços que foram empreendidos nos anos de 2020 e 2021 e que permitiram que os impactos da pandemia no aumento das tarifas fossem significativamente reduzidos, em prol de toda a sociedade brasileira e da sustentabilidade do setor elétrico.