O Brasil acaba de atingir a marca histórica de 1 milhão de usinas solares, na modalidade geração distribuída, conhecida como GD, presente em residências, pequenos comércios e fazendas. Os dados foram lançados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Desse número, 77,7% dos módulos solares estão em residências, 12,3% em comércios e 7,7% no setor rural.
Esses números mostram a evolução da fonte solar no Brasil, e destacam seu potencial. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a geração distribuída conta com 10,3 GW operacionais, 67% de toda energia solar fotovoltaica do Brasil.
Os estados seguem aumentando o potencial da GD. Minas Gerais lidera o ranking com 1,7 GW, seguida por São Paulo e Rio Grande do Sul, com 1,3 e 1,1 GW. Atualmente o Brasil conta com mais de 1,2 milhões de consumidores beneficiados.
“Nosso mercado tem um alcance de 88 Milhões de UC’s, e se chegarmos ao share que a Austrália tem em Solar, devemos chegar a mais de 10 Milhões de usinas, em alguns anos”, disse Hugo Albuquerque, Superintendente Executivo Comercial, da Sol Copernico, nas redes sociais. De acordo com Albuquerque, ainda estamos a menos de 30% do volume instalado na Austrália com apenas 10% da nossa população.
Brasil: Usinas solares x alta na conta de energia
Recentemente, um estudo apurou que a conta de luz pode subir em média 12%, até o final do ano. Esse reajuste é um reflexo da crise hídrica encarada pelos brasileiros no ano de 2021. Os cálculos mostraram que o Nordeste pode contar com uma alta de 17%; o Norte com mais de 10%; Centro-Oeste 9,5% ; Sudeste com 13% e por último temos o Sul com uma baixa de 3%.
A alta na conta de energia pode impulsionar a procura pela energia solar fotovoltaica, nas duas modalidades geração distribuída e centralizada. Segundo informações, os reajustes realizados pela Aneel chegaram a quase 25%, reduzindo ou até anulando o efeito da mudança para a bandeira verde.