Um levantamento que é feito todo ano pela Milkpoint, classificou os 100 maiores produtores de leite do Brasil do ano de 2019. O resultado foi divulgado através de uma webinar, onde o apresentador Marcelo Pereira Carvalho recebeu convidados que debateram sobre vários assuntos que permeiam as oportunidades e os desafios do crescimento do agro e do setor lácteo no Brasil. O evento que normalmente era realizado com um jantar, foi apresentado por meio do site, devido a pandemia do Coronavírus.
Realizado desde o ano de 2001, o levantamento tem o objetivo de conhecer quais são e onde estão os maiores produtores de leite do Brasil. Com três fases distintas, a pesquisa é composta por um levantamento preliminar; checagem e autorização para publicação e confirmação de dados levantados com os laticínios. Com base no levantamento, a produção alcançou média diária de 20.905 litros. Em comparação com 2001, o valor de aumento é de 219,45%. A maioria dos produtores teve seu custo de produção entre R$ 1,10/litro e R$1,30/litro; 40% tiveram entre R$ 1,30/litro e R$ 1,50/litro, 10% entre R$ 0,90/litro e R$ 1,10/litro e 8% acima de R$ 1,50/litro. A vaca da raça Holandesa ainda é a mais utilizada entre os Top 100. A raça Girolando vem em seguida, em 20, e 7 produtores utilizam mais de uma raça.
Neste ranking, 5 fazendas classificadas possuem usinas fotovoltaicas que foram montadas pela I.S Brasil. Entre as 100, quem esteve nesse levantamento foram: Fazendas Reunidas ACP e Filhos, localizada em Carmo do Rio Claro/MG, com uma produção de 46.511,16 litros de leite por dia; Fazenda Pérola, localizada em Alpinópolis-MG, com uma produção de 20.439,70 litros; Fazenda Morro Grande, localizada em São João Batista do Glória/MG, com um a produção diária de 17.131,56 litros; Fazenda Brejo, também localizada em São João Batista do Glória, com uma produção de 16.791,46 litros; e Fazenda Recanto Grão Mogol, localizada em Carmo do Rio Claro, com produção de 12.937,84 litros.
“Qualquer colocação é muito importante. Observar o crescimento é sempre muito importante. Nós que trabalhamos com família, precisamos pensar nas gerações seguintes”, disse Leopoldo Pereira, filho de Antônio Carlos Pereira, das Fazendas Reunidas ACP e Filhos. “A expectativa para 2021 é crescer bem em volume. Estamos seguindo com as atividades. Temos muito tempo para melhorar nosso negócio e continuarmos desenvolvendo segmentos ligados a produção”, completou o produtor.
Segundo Leopoldo Pereira, produtor à frente das Fazendas Reunidas ACP e Filhos atualmente, as Usinas Fotovoltaicas tiveram grande importância no aumento da sua produção. De acordo com o grupo, a economia foi um estímulo para que continuassem o grande trabalho nas fazendas e aumentassem o foco em produção. O grupo ficou com a 6º colocação no top 100, esperam que esse número mude em 2021, pelo crescimento que tiveram em produção no ano de 2020. “Em 2020 tivemos um crescimento grande na produção. Acredito que nós teremos muito tempo para desenvolver e atingir os números esperados”, disse Leopoldo.
Antônio José Freire, proprietário da fazenda Pérola, acredita que a evolução na produção de leite de sua Fazenda foi notória. “Muita gratidão por estar entre os 100 maiores produtores. Isso é estimulo para continuarmos produzindo”, disse Antônio. Após muitos anos à frente dos negócios, Antônio Freire passa agora o bastão para os dois filhos Matheus Reis Freire e Enéas Reis Freire, que atualmente estão à frente dos negócios da família.
“Nós viemos de uma atividade familiar, crescemos no meio disso tudo. Desde criança acompanhamos nosso pai no dia a dia e é muito gratificante ver a evolução da propriedade. Hoje à frente dos negócios, como 2º geração, vejo a importância da dedicação de todos, do empenho, da soma de ideias entre as gerações, isso é muito importante”, disse Enéas Reis Freire, filho de Antônio Freire, Fazendeiro.
Com uma grande produção outras duas Fazendas que se destacaram no ranking, foram a Morro Grande e a Fazenda Brejo, idealizadas por Ivanir Rodrigues Ferreira. A tendência é que a produção aumente nos próximos anos, devido a processos tecnológicos que estão sendo adquiridos pelos administradores. Uma dessas tecnologias, é a usina solar fotovoltaica, que diminuiu os gastos com a energia elétrica e possibilitou a geração de empregos nas duas fazendas.
“Estamos com as fazendas desde 2003 e é muito importante essa colocação. Desde lá a produção só aumentou, da 99ª passamos para a 48ª posição. É muito gratificante ver a posição onde chegamos”, disse Luciano Goulart Souza, fazendeiro responsável pela Fazenda Morro Grande. “O Ivanir tirava leite na lata. Tirava de 50 a 100l apenas. Hoje, tiramos aproximadamente 22.000 litros de leite”, relata Marcelio, fazendeiro responsável pela Fazenda Brejo. Ivanir é sogro de Luciano e Marcelio Alves de Oliveira, que hoje tomam frente das duas Fazendas.
Outra grande fazenda mineira que obteve destaque no levantamento Milkpoint, foi a Fazenda Recanto Grão Mogol, localizada em Carmo do Rio Claro. Segundo os fazendeiros Moizés e Luciano Lemos, a produção de leite é a principal técnica da Fazenda, que começou lá atrás com o pai. “Meu pai nasceu aqui e construiu tudo isso e a gente continuou. São várias gerações para chegar onde estamos”, disse Moizés Lemos.
“Antigamente meu pai tirava 100 litros de leite por dia, hoje a Fazenda toda produz, além de soja e milho, mais de 20 mil litros de leite por dia. A evolução foi grande e vem de muito trabalho”, completou Moizés.
Segundo Moizés, a energia solar foi muito importante para a Fazenda. Antes a localidade contava apenas com a energia que era concedida pela concessionária, que era ruim. Além disso, a sobrecarga ou os picos de energia dessa distribuição fazia com que alguns equipamentos sempre queimassem. Hoje com as usinas, a Fazenda possui uma energia limpa e própria, que não deixa que tais eventuais passados voltem a acontecer.
A I.S Brasil participou da webinar e pôde falar um pouco sobre como está o cenário da energia solar. “Hoje nosso pão de cada dia é ajudar o produtor rural a economizar através da energia solar. Parabenizo os top 100 e em especial aos nossos clientes. Agradeço a esses produtores por terem acreditado na energia solar. Obrigado por terem acreditado na nossa empresa”, disse Matheus Lima, diretor administrativo e financeiro da I.S Brasil, na live do evento.
Em seguida, quem falou foi engenheiro eletricista de renome nacional Rudimar Wobeto, hoje diretor geral da I.S Brasil. “O mercado de energia solar é entendido por nós como uma oportunidade para o produtor na linha econômica fiscal. A energia é um dos produtos que fazem com que o produtor veja seu dinheiro ir embora. Nós costumamos brincar dentro do segmento que, investir em energia solar é como você deixar de pagar um aluguel”, disse Rudimar Wobeto.