Energia fotovoltaica é aliada da sustentabilidade no agro

16 jul 2020

Por Marcelo Pimentel | Redação FEBRAPDP

Por qualquer ângulo que se olhe, quando se fala no uso da energia na propriedade, o desenvolvimento sustentável é um caminho que, necessariamente, deve ou deverá ser percorrido. Se o produtor rural ainda não está olhando nesta direção, não está muito distante o dia em que precisará começar a fazê-lo. Pensar em um modelo produtivo que alinhe, da melhor maneira possível, a gestão energética ao respeito pelo meio ambiente e a rentabilidade é uma tendência que só veremos ganhar mais e mais importância.

Nessa esteira, destaque especial para a energia fotovoltaica, que é produzida através da luminosidade do sol, e, por isso, uma fonte renovável, limpa e sustentável de energia para negócio. Um bom exemplo é uso de soluções tecnológicas como os módulos solares, que captam a luminosidade do sol e geram energia de corrente contínua (CC). Esta energia, por sua vez, é conduzida para os inversores e neles, é transformada em corrente alternada (CA). A partir daí a energia que sai nas tomadas de nossas casas e empresas.

No mercado agropecuário desde 2013, a I.S Brasil, empresa de consultoria energética e soluções sustentáveis, é exemplo dessa tendência de uso sustentável da energia especializada no segmento rural. Além disso, é a mais nova parceira da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação – FEBRAPDP no Projeto Amigos da Terra.

Leia também: Energia Solar Rural

“Estamos muito felizes com a parceria firmada entre a I.S Brasil e a FEBRAPDP. Pensamos que é uma ótima oportunidade de fortalecer as marcas, ampliar a disponibilidade energética e viabilizar os investimentos para os produtores que utilizam o plantio direto e a irrigação”, destaca Fabrício Augusto, do setor de Marketing da I.S Brasil.

Case de sucesso

Soja, milho, feijão, café, pecuária de corte, piscicultura e produção de cachaça. Essas são algumas das atividades desenvolvidas pelo Grupo Fazendas Reunidas ACP e Filhos, do qual faz parte o engenheiro agrônomo e agropecuarista Leopoldo Pereira, no município de Carmo do Rio Claro, no sul de Minas Gerais. No entanto, o carro-chefe é a pecuária leiteira intensiva, que, em função, principalmente, das boas práticas de bem-estar animal, requer um consumo muito elevado de energia. São ventiladores, ordenha mecânica, resfriadores de leite operando 365 dias por ano, gerando uma relevância significativa nos custos de produção.


A partir de um de estudo realizado pela I.S Brasil, Leopoldo deu sinal verde para a construção das usinas e, há cerca de um ano, vem operando nessa nova matriz energética. Como principal benefício, tem notado uma redução imediata de 40% nos valores gastos diretos com energia elétrica.

“Anteriormente, a conta de luz das fazendas chegava a R$ 160 mil por mês. Com a instalação das usinas, que suprem integralmente a demanda energética, o desembolso mensal caiu para cerca de R$ 100 mil. Esse custo é relativo às prestações do financiamento para construção das usinas e uma pequena parte para taxas da Cemig. Em dez anos (tempo do financiamento), a representatividade da energia elétrica em meus custos de produção estará praticamente zerada. Além disso, houve um grande aumento na qualidade da energia. Melhorou a tensão, a potência e a capacidade de carga de todo o sistema da região que já se encontrava sobrecarregado. O fornecimento tornou-se estável, sem as quedas ou oscilações da rede na eletrificação rural. Uma vantagem adicional é que o monitoramento feito pela empresa ainda permite uma rápida intervenção quando as usinas param de gerar energia; evitando que a produção fique parada. Indiretamente, o sistema melhorou até a rede elétrica para quem não tem usina solar aqui em nossa região”, celebra Leopoldo.

Inovação

Como ainda se trata de uma relativa novidade para muitos produtores, Fabrício explica que os clientes da empresa são majoritariamente do setor agropecuário, com destaque para produtores de leite, grãos em geral (soja, feijão, café, etc.) e irrigantes. “Percebemos que nos últimos tempos, o setor rural procura e passa por uma grande inovação e modernização dos processos e das tecnologias. Com isso, esses produtores também estão cada vez mais antenados e por dentro do que há de novo. A energia solar entra exatamente aí”, frisa.

Na prática, funciona assim: as equipes da empresa estudam cada caso e elaboram projetos exclusivos para os clientes, baseado no consumo de energia. A partir disso, é feito um estudo de viabilidade energética, documento que mostra qual o investimento da usina e o tempo de retorno desse investimento (payback).

A instalação dos módulos pode ser feita de várias formas, como em telhados, barracões e estruturas no chão. Irá depender do espaço disponível na propriedade e da finalidade. “Temos alguns clientes, por exemplo, que fizeram projetos em barracões e utilizam eles para guardar maquinários e ferramentas de uso diário”, cita Fabrício.

Após instalada, as usinas são monitoradas para garantir o bom funcionamento do sistema. As contas de energia também possuem um acompanhamento para que os valores a serem pagos às concessionárias de energia estejam corretos.

Somando todos os projetos realizados pela I.S Brasil, a potência total instalada é de 9,68 MWp – quantidade que abasteceria cerca de 6.000 casas com consumo médio mensal de 200 kWh, durante 30 dias.

Selo Verde

A empresa também atua fazendo auditorias para a concessão do Selo Verde, uma certificação feita em parceria com o Instituto Chico Mendes. O selo atesta o compromisso e a responsabilidade socioambiental dos clientes e empresas. Saiba mais aqui.

Ainda segundo Fabrício, a energia solar no Brasil cresceu muito nos últimos anos. “Dados divulgados pela ABSOLAR – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica em julho/2020, mostram que a energia fotovoltaica tem participação de 1,6% na matriz elétrica brasileira. Os estados que fazem parte do top 3 de geração distribuída são Minas Gerais (594,3 MW – 19,9%), Rio Grande do Sul (402,3 MW – 13,5%) e São Paulo (377,8 MW – 12,6%). Esses números são resultados das políticas de incentivo feitas ao setor pelo governo brasileiro e do crescimento da oferta de linhas de financiamento”, explica.

*Matéria originalmente publicada no Blog da FEBRAPDP, em 16/07/2020.

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