A energia solar centralizada conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), acaba de atingir a marca de 3,8 GW e ultrapassa as usinas termelétricas a carvão mineral, que possuem 3,6 GW. O levantamento feito para a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), traz boas perspectivas para o setor pensando que, a fonte renovável não prejudica o meio ambiente. Ainda de acordo com a ABSOLAR, a geração centralizada solar já trouxe mais de R$ 54 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 312 mil empregos acumulados, além de arrecadar mais de R$ 14 bilhões aos cofres públicos.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia solar tornou-se a sexta maior fonte de energia e alcança 2,15% da matriz elétrica brasileira, sem a geração distribuída. O primeiro lugar ainda é das hidrelétricas, que representam 58,9%. Cabe o alerta para o momento enfrentado de crise hídrica, as hidrelétricas seguem sobrecarregadas. Segundo informações, a energia solar evitou com que mais de 11,3 milhões toneladas de gás carbônico fossem emitidas na atmosfera desde 2012.
Matriz energética./ Créditos: ABSOLAR
Em entrevista, Rodrigo Sauaia , CEO da Absolar, disse que o cenário de escassez hídrica e aumentos nas tarifas de energia reforça o papel estratégico da energia solar para diversificar e fortalecer o suprimento de eletricidade do País. “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, afirmou.
“Diante da crise hídrica e da nova bandeira de escassez hídrica é fundamental que o Governo Federal aumente a participação da energia solar no Brasil, para diversificar a matriz elétrica e baratear a energia para a sociedade e os setores produtivos”, completou Rodrigo.